3 de set. de 2011

 


Já era hora do intervalo escolar, Sthella estava no segundo ano do ensino médio e Caio estava no terceiro, eles já não se  falavam havia cerca de seis longos meses, ele sabia que ela sempre passava em sua frente para provoca-lo e ele fazia o mesmo, só que diferente dela, ele ficava abraçado com suas "amigas", o que fazia com que ela quisesse voar em seu pescoço e estrangula-lo até que ele pedisse desculpas, algo que provavelmente jamais aconteceria, afinal Caio sempre foi muito orgulhoso, ele disse a todos se arrepender do que fez, menos a Sthella.  Ela nunca mais olhou nos olhos dele novamente, apenas quando o olhava o desviava como se sentisse vergonha de ter sido amiga dele, ou melhor o que ela mais confiava. Ela precisava falar com Caio, eles não se falavam a muito tempo, desde que ela o dera um belo tapa em seu rosto e deu as costas para ele, mas seu orgulho era maior.

Certo dia após um evento escolar, eles se “esbararam”, na verdade foi ele que esbarrou nela, ele queria falar com Sthella novamente, além do mais ele sempre a amou, e fez uma grande besteira escutando o que Sabrina, sua ex-namorada havia dito a ele.
-Desculpe. – disse ela sem ver em quem havia esbarrado, já que estava entretida com seu celular, ao olhar quem era fechou o seu sorriso e se calou esperando que ele falasse algo.
-Não precisa pedir desculpas... – ele agora fitava o chão - você pode dar quantos esbarroes quiser, nada vai se comparar a vergonha que fiz você passar. – seus olhos começaram a ficarem vermelhos.
-Tudo bem... – ela se virou e tentou ir, Caio a segurou pelo braço direito.
-Não me dê às costas de novo, não vou aguentar te ver me deixando sozinha – sua voz transmitia melancolia – Você é sempre será minha melhor amiga, por mais que eu erre, e seja um idiota as vezes...
-Na maioria das vezes. – ela completou – Não se esqueça... Isso é sempre, e por mais que você fosse um completo idiota eu sempre estive aqui, nunca te critiquei. – Sthella agora olhava a multidão passando, Sabrina passou e ficou com um olhar surpreso ao ver que eles estavam se falando, os que sabiam do que havia acontecido faziam o mesmo – E por que você simplesmente acreditou na vadia daquela garota? – ela apontava para a cara de Sabrina sem a menor discrição, a menina fingiu não ver, estava cansada de confusões e sabia que se fosse ate lá poderia até levar uns belos bofetões e não poderia fazer nada, pois ela estava mais que errada – Cara... Como você pode acreditar que eu dei em cima dela? Desde quando gosto de meninas? E mesmo se fosse não te daria o direito de me humilhar... Gays também são pessoas... – Seu tom já era mais rude e áspero.
-Eu só acreditei por que você nunca falava de garotos comigo.
-Quer saber o motivo disso?
-Sim.
-Eu simplesmente evitei falar de outros garotos com o cara que eu amo.
Ele nesse instante se mostrou constrangido, não sabia o que dizer.
-Eu... – ele gaguejava – Eu nunca imaginei que você também gostasse de mim.
-Também?
-É também, eu te amo garota e me desculpe por eu ser um idiota?
-Promete não fazer isso comigo novamente?
-Prometo. – Ele segurou o queixo dela e com delicadeza a beijou, uma lagrima escorreu pelos seus olhos fechados. – Eu nunca mais vou te abandonar.

Por: Mariane Alfradique



1 comentários:

Guia Pedro Slompo disse...

Olá, gostei do seu Blog...
parabéns, está muito bonito.

http://apiaiportaldamataatlantica.blogspot.com/
Abraços, até mais.

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Obrigada pelo comentário :))