18 de ago. de 2011

- Seremos primeiramente um do outro.


No momento em que chegamos a minha casa, Luciana foi tomar banho e se aprontar para dormir, tomei banho em um pequeno banheiro que havia ao lado da cozinha.
Quando sai do banho Luciana estava vendo televisão na cama, fui a sua direção, apoiei meu braço de modo que pudesse ficar olhando-a e acariciei seus cabelos, beijei-a levemente e como em um ato impulsivo ela me puxou para ela deixando-me sobre sua barriga. Aos poucos fomos sendo levado um pelo outro, peça após peça por um desejo que era apenas nosso, um anseio que somente sentíamos de imediato, nós tínhamos sede de sermos um do outro, algo que jamais havíamos feito em nossas vidas, naquele momento, aos poucos, nos tornamos um só, assim como eu, ela demonstrava querer aquilo, ser minha, assim como sou dela. Viramos um só corpo e coração, a sensação é única, não pelo ato, e sim pela pessoa. Não sei o que algumas pessoas atualmente pensam, mas fazer amor sem amor não faz o menor sentido. É a melhor sensação da vida, é claro além da sensação de viver. Unimo-nos naquele exato momento, seriamos sempre primeiramente um do outro.
-Eu te amo. – Nós falamos ao mesmo tempo.
De fato, essa é a melhor experiência que já tive.

Eu a observava dormir e acariciava seu cabelo do modo que ela odeia por algum, motivo seu semblante estava feliz, de um modo surreal nós estamos mais felizes do que seria possível ser.
-O que foi amor? – Disse a ela ao abrir seus olhos.
-Eu estou feliz, há um frio em meu estomago, algo indescritível.
-Posso te dar um não muito bom exemplo? – Ela concordou – Quando somos pequenos, nós meninos somos loucos para ganhar um videogame – Ela riu do meu modelo – E quando ganhamos, como somos tão inocentes ficamos absurdamente felizes e nunca mais queremos perder esse presente. Eu sei que a sensação que sinto agora é milhões de vezes melhor, mas isso é o mais perto que posso chegar perto de explicar... O que houve? – Por algum motivo Luciana chorava. – Disse algo errado? – Ela insistia em chorar – Desculpe Luh, desculpe... O que eu fiz?
-Pierre... Eu só estou feliz... É a primeira vez que choro por felicidade.
-Ah minha linda. – Eu a abraçava forte.
-Eu te amo muito. – Gotas molhavam meu ombro.
-E eu amo você. Agora pare de chorar menina.

Por: Mariane Alfradique

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