25 de ago. de 2011

- Aprendizado.



Ele a olhava ao longe, e estava mais linda do que quando terminaram, ela disse que daquele dia em diante seria totalmente diferente, que melhoraria sua vida e não sofreria mais. Ele sabia que isso seria apenas uma dura camada externa, no interior ela continuaria a ser aquela doce menina tímida que ele se apaixonou quando a viu pela primeira vez, ele queria se aproximar dela novamente, mesmo que estivessem quase um ano separados ele não pensava em outra garota a não ser ela, todas as noites ele lembrava de da palavra de carinho trocada e o pior era sonhar todos os dias a mesma coisa, a mesma frase se repetia em sua mente "Acabou, não aguento mais sua infantilidade" e a visão de vê-la de costas, sair e nunca mais ligar. Pelo que ele soube ela estava bem, e também não estava se envolvendo com ninguém, havia se entregado de vez a sua faculdade.Ele não aguentava mais a distância, ele a amava e a queria de volta. Aos poucos foi se aproximando da praça onde ela estava sentada e com um livro grande em suas mãos. Quando ele estava a menos de vinte metros dela uma cara alto e forte se aproximou e sentou ao lado dela, fazendo com que ele recuasse, ficou observando ali cada coisa que eles faziam, o garoto parecia conhece-la bem, deu-lhe um beijo em uma das bochechas, e enquanto ela lia o livro ele a segurou pela nuca e a beijou. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e ele as segurava-as firmemente, não aguentaria ver aquilo, não da garota que ele ama, seu subconsciente de alguma forma dizia que ele deveria quebrar a cara daquele cretino que estava beijando a sua... sua... Nada, eles não eram mais nada. Ele se virou e foi para casa o mais rápido possível, ao chegar em casa trancou-se em seu quarto e pediu a Deus que dormisse o quanto antes:
"Deixe-me dormir meu Deus, por favor e se possível que eu não acorde amanhã. Amém"
Na verdade ele não conseguiu dormir, na verdade virou a noite pensando naquilo tudo, lembrando que era o culpado pelo fim repentino do namoro e o quanto ele a amava e pensava que ela também o amasse, mas agora ela tinha outro, a quem ela beijava e tocava, no momento ele não poderia fazer nada. Seu telefone tocava e ele não atendia, dias e dias seguidos, quase semanas se passaram até que sua campainha tocou, ao olhar pelo olho mágico ele a viu do outro lado.Ele parou e fixou seus olhos nos dela.
-Eu sei que você está ai. Posso  ver sua sombra debaixo da porta... Por favor, abra.
Ele pensou duas vezes, mais não custaria nada abrir a porta.
Eles se encararam por alguns minutos, ela se aproximou com os olhos cheios de lágrimas e o abraçou fortemente e ele o retribuiu.
-Me desculpe amor, por favor... - Ela chorava incessantemente.
-Pelo quê? Quem errou fui eu.
-Nós dois erramos. Bia me disse que viu você me olhando no parque a quase duas semanas.
-Sim... Eu vi. Mas é o que você tem que fazer, seguir em frente, seja feliz.
Eles se encaravam, olhando fixamente quase dava para ver a profunda sinceridade de cada palavra.
-Não... Não é isso, ele é meu amigo, confundiu as coisas, você não esperou e não me viu empurrando-o. Eu disse que não o amo. - Ele engoliu em seco - Eu amo você, não quero que você desista da gente.
-Eu não quero desistir da gente.
-Poderíamos tentar de novo?
-Sim, poderíamos, mas... Tem certeza que é isso que você quer?
-É o que eu quero.
-Não é isso... 
Nesse instante ele foi até o quarto e voltou com uma pequena caixa, parou na frente dela, fixou seu olhar nos dela com ternura.
-Você me ama de verdade?
-Sim, amo.
-Então... - Ele ajoelhou-se, segurou uma de suas mãos, olhou com carinho em seus olhos. - Quer ser minha pra sempre?
Ela assentiu.
-Então amor. Casa comigo?
Ela sorriu, puxou-o com delicadeza e o beijou.  Ali selou-se um laço que não poderia mais ser quebrado, eles      se amam e nada, nem ninguém os separou novamente.


Por:Mariane Alfradique - Se pegar da créditos.

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