19 de out. de 2012

Um pouco de mim.


   

  Meu avô diz que desde pequena tive gênio forte, pois quando estava no jardim III ao chegar na escola haviam me indicado a determinada sala, eu sai de lá e simplesmente entrei em outra, estudei naquela por uma semana e depois conseguiram me convencer que a outra era me lugar, não me recordo de muitas coisas de minha infância, mas o que lembro era que morava com meus avós até os nove anos de idade, pois minha mãe trabalhava e como meus pais são divorciados era a única maneira, só fui morar com minha mãe após o falecimento de minha avó em 2004, esse foi uma das piores partes de minha vida pois perdi minha segunda mãe, já que morava com ela desde meus seis meses de idade isso foi mais forte e doloroso, mas com o tempo tudo se supera e se aprende a seguir em frente.
     Quando era pequena tive alguns professores marcantes, estudei no CETEC do primário até o quinto ano, lá conheci a Simplícia que foi minha professora na Alfabetização, era uma senhora de cabelo branco e muito cautelosa. Também conheci a Thaís que era minha professora de Inglês e de Balé, morena de cabelo cacheado, muito simpática e atenciosa.
     Após sair do CETEC estudei no CEPOP, pois havia me mudado para o lado da escola, lá eu tive minha primeira amiga importante Letícia Ornelas, depois que sai de lá perdemos um pouco o contato, e nos afastamos. Comecei a estudar no Colégio Paraíso onde tive complicações na escola, lá conheci o meu melhor amigo, por mais que não nos falemos sempre mas quando nos encontramos nos tratamos como sempre fomos, verdadeiros amigos, ele me apresentou a meu atual namorado, estamos há dois anos juntos e pretendemos ter um futuro juntos assim que terminarmos a faculdade e tivermos um bom emprego.
   Há três anos voltei a morar perto do Colégio Auxiliadora, dez minutos de minha casa, aqui conheci muitas pessoas que vou levar para toda vida: Bianca Ferreira, Lucas Brandão, Thayná Almeida, Luane Deodoro... E os professores que vem marcando e me apoiando mais que sempre lembrarei serão:  Leandro Santiago ( nos ensina com facilidade e mesmo brincando durante as aulas nos ajuda muito com a matéria pois assim aprendi muito mais Geografia e aprendi a amar a matéria. Um exemplo de professor ao se importar com o futuro de seus alunos e criando o Clube de Geografia, realizando concursos e um blog online que nos ajuda a entender inúmeras coisas) , Renato Cardoso ( está me apoiando para eu publicar meu livro, ajudando a mim e ao Kaio Rodrigues sempre que possível. Nunca gostei de inglês, mas ele sempre tem facilidade em nos ensinar de maneira dinâmica) , Valquíria Lino ( é uma das professoras mais “espontâneas” que conheço, com seus desenhos no quadro de acontecimentos históricos, fazendo com que sempre lembremos da matéria só em memorizar o desenho, assim como o Leandro, ela é uma professora extraordinária, fazendo que durante as aulas rirmos e aprendermos)  e Marcelo Temperini ( assim que conheci não gostei muito de Marcelo, mas quando você conhece a pessoa incrível que ele é você percebe o quão inteligente e inexplicável ele é, quando ele ficou doente eu me vi desesperada, não entendia direito a matéria o que fez com que isso me prejudicasse, mas não foi apenas nesse lado que ele fez falta, sempre tive muita saudade dele por mais irônico e com suas piadas sem graça ele fez uma falta enorme, fazendo que grande parte da turma chorasse com sua volta) .  A professora mais rigorosa até o momento é Ivone Rosa, mas sei que suas cobranças na hora da redação será muito boa quando fizer o ENEM que está há menos de três semanas. Como ela diz “É melhor pecar pelo excesso do que pela falta de cobrança”. O Colégio Auxiliadora foi o que mais marcou para mim, talvez seja por ser o ultimo, mas acho que é por ter tantas pessoas que se importam com nosso futuro, o ensino é o melhor que tive em todas as escolas, é até muito puxado, mas é algo que sabemos que é para nosso bem. Só tenho a agradecer por todos esses anos, pois cada vez percebemos que os professores são importantes em nossa vida, os amigos que fazemos são indispensáveis. Sei que em um futuro próximo iremos nos afastar, nos veremos com menos frequência, mas sempre que nos vermos vamos lembrar do passado e ver que cada minuto valeu a pena.

Agora último ano e uma coisa eu sei: Vou chorar na formatura.



13 de set. de 2012

Acostume-se amizades se perdem.

 
Nossa... Não venho tendo nenhuma inspiração para vir aqui e escrever todos aqueles textos para vocês lerem. Não vou dizer que estou ocupada, pois seria mentira. Hoje eu só vim desabafar, como já fiz muitas vezes por aqui. Vamos lá...


Em apenas quatro anos eu percebi que muitas coisas mudam, no meu caso você pode encontrar o cara que ama ou você pode perder sua melhor amiga por que ela encontrou outras melhores, você pode ter um amigo que você quer ver muito feliz e ter aqueles amigos de escola que brigam e te xingam, mas na hora certa eles vão estar com você... O meu desabafo de hoje é a saudade, saudade daquela amizade que era diária até dois anos atrás e hoje se passa apenas de um "bom dia" ou um simples e misero abraço. Eu tento ser forte, não demonstro, mas o fundo todos somos fracos e dependemos sim de alguém e sabemos disso quando perdermos. Depois de um tempo você se acostuma, você sabe que é substituível para a maior parte das pessoas. Não faça como eu, não fique com os olhos cheios de lágrimas só de tocar no assunto, não fale disso, esqueça, depois de um tempo você aprende a perder seus melhores amigos.

Por: Mariane Alfradique

4 de jul. de 2012

- Irreversível.

Nas suas idas e vindas, eu prefiro que você fique.

 



Lembro tudo que passamos juntos, dos bares, dos dias de praia ou mesmo de seus ciúmes bobos. Recordo-me muito bem das noites que passamos juntos provando nosso amor reciproco. Mas e agora o que me tornei? Um mero viajante, que vai de cidade em cidade buscando um sentimento tão intenso que senti por você um dia... Sei que nunca vou te ter de volta, afinal ninguém retorna do mundo dos mortos, ninguém volta à vida e vence a morte, não somos Cristo para isso.
O vento batia em meu rosto secando as lágrimas de minha face, sempre fui do tipo que não chora na frente das pessoas, mas já é de madrugada, não há pessoas na rua há essa hora e mesmo se tivesse nenhuma delas faz diferença em minha vida. A minha volta nada era importante, caminhar sem rumo é o mais interessante nos últimos três anos. Indico  que vocês jamais se envolvam com mulheres que saibam que iram amar, pois se um dia acontecer e você perdê-la você achara que encontrara outras, mas eu vos digo, jamais encontraram um sentimento que se aproxime do amor da sua vida, pois esse só ira acontecer uma vez.
Sabe como sei disso? Quando a vi, eu enxerguei todo o meu futuro ao lado dela, nosso casamento, nossos filhos, nossa velhice, mas nada disso aconteceu. Lembro do dia de sua morte, nós havíamos brigado, ela pouco antes de morrer me mandou uma sms “Quando eu morrer, saiba que te amo e jamais vou deixar de te amar”, liguei para ela assim que a recebi, no meio da nossa conversa a chamada caiu, mas antes ouvi gritos e um estrondo, um caminhão bateu no carro em que estava com sua melhor amiga causando explosão imediata. O velório de Katherine eu não fui, queria ficar com minha memoria de vê-la com aquele belo sorriso torto e branco, seu cabelo castanho cacheado até a cintura e seu corpo escultural, sua risada e seu jeito de como ficava envergonhada quando dizia o quão linda é, ou melhor, era.
Sente-me frente aquela velha colina onde a conheci e a beijei pela primeira vez, a Lua iluminava o mar calmo, ouvi passos atrás de mim, mas não me incomodei em saber quem era, continuei a chorar, mesmo que tenha passado três longos anos eu ainda sinto a dor como se tivesse sido hoje, como se ela estivesse ao meu lado segurando a minha mão e no outro instante morta, pálida, sem vida em seus olhos.
Ao olhar percebi que quem estava ao meu lado não era uma pessoa conhecida, um negro de porte médio e cabelos grisalhos. Ele não me encarou, apenas fitava o mar como se não se importasse com minha presença.
-É difícil né?! – falou quebrando o silêncio.
Apenas assenti.
-Eu sei que é sua dor nunca vai passar – respirou fundo e continuou - Mas sabia que eu já vi muito mais nessa vida do que você pode imaginar filhos matando os pais, guerra, decapitações, estupros, suicídios. Isso também dói bastante sabia?!
-E quem é você para saber da minha dor? – o choro voltara e não me senti incomodado com  presença dele – Você não é nada. Nada – meu tom aumentou e minha ignorância era notável.
-Bom, eu sei sim o que você sente, sei o quando você amava Katherine e sei que jamais vai deixar de amar – respondeu calmamente – Mas digamos que eu saiba como ela está e que está preocupada com você.  Com quem você se tornou e que quer que você siga em frente...
-Não me importo com o que ela pense do que me tornei. Eu sinto falta dela e não vou me tornar uma pessoa mais sociável por causa disso. E quem é você para saber? Deus?! – sorri ironicamente.
Ele se calou.
-E Deus ainda perde tempo comigo? Para que?
-Bom... Você merece uma segunda chance, todos vocês merecem e não é assim que você vai conseguir.
Permaneci em silencio.
-Sei que não vai mudar muita coisa, você vai acordar e perceber que isso foi só um sonho, mas quero que saiba que está sendo um idiota – ele se irritou e o mar pareceu seguir seu humor ficando agitado instantaneamente – Ela te ama e você a ama, mas não faça-a sofrer mais me entendeu? Seja ao menos feliz, vá para casa e veja sua mãe e o modo que a deixou, ela pede todos os dias por você, sua irmã faz o mesmo e chora cara vez que lembra de você e isso é quase todo o tempo, não faça isso com as pessoas que te amam Ethan, não as mate lentamente, tente ser como antes – falou pondo a mão em minha testa, tudo se escureceu.
Tudo ficou como vultos, até percebi que estava em casa, minha mãe me abraçava e pedia para eu não ir embora novamente, nunca vou saber como cheguei ali, mas sei que aquele talvez sonho me acordou um pouco para minha vida, eu sempre vou amar a Katherine, mas tenho que viver com minha família e ao menos tentar faze-los felizes. E eu agradeço a aquele sonho todos os dias de minha vida, sei o quanto Ele me faz mudar e faz isso com muitas pessoas.
Eu digo e repito, preciso de minhas lembranças ao seu lado, sei que tudo valeu a pena, mesmo te perdendo fico feliz por ter sido o amor de sua vida e acredite, sempre será o meu.
 




Das lembranças que eu trago na vida você é a saudade que eu gosto de ter
Outra Vez - Roberto Carlos






Por: Mariane Alfradique

3 de jul. de 2012

Reativação

Boa noite. Vou voltar a escrever histórias românticas e pensamentos inimagináveis. Espero que voltem a ler por aqui.

Por: Mariane Alfradique

16 de nov. de 2011

- Montanha Russa de Sentimentos.




Ao sairmos do trabalho fomos a um bar em Copacabana, o lugar era um pouco simples, mas moderno e aconchegante, o piso era de madeira lisa, as cadeiras e mesas são de madeira maciça, as janelas eram apenas grandes vidros e o ar deixava o ambiente em uma temperatura agradável, nos sentamos e pedimos Chopp sem colarinho... Nós estávamos cansados e afrouxamos as gravatas assim que sentamos.
-Mano... Você está bem mesmo? Está tão abatido ultimamente. – ele parecia preocupado, já que somos amigos desde a adolescência.
-Estou... – Felipe me olhou com desconfiança - Na verdade não... Você me conhece como ninguém... – eu hesitei em contar – Eu não consigo te esconder nada, as vezes isso incomoda – ele continuou me encarando esperando que falasse algo – Tudo bem... – eu fitei o copo de Chopp que estava com colarinho, mas decidi não reclamar e bebi um gole considerável - Eu preciso dela... – meu tom era tristonho - Sabe quando se precisa de alguém, que até o silencio trás essa pessoa aos seus pensamentos? Os sorrisos que dávamos eram verdadeiros sabe?! Era amor... Não era ironia ou falsidade... Foi como algo que fiz para poder estar com ela... Foi como um sinal... – meu coração acelerou ao lembrar de nós dois - Eu gostava tanto dela, do seu jeito, do seu cheiro, de como falava comigo, de como eu sempre me arrepiava com o seu abraço. Eu adorava o seu beijo. Mas hoje em dia está tão diferente, tão distante... Parece que eu não conheço mais... Parece que a pessoa, pela qual, vi uma vida toda pela frente, já não existe mais. Sabe, eu ainda a amo, mas esse amor é tão desconhecido, tão diferente, tão inexplicável, que as vezes penso que amo uma pessoa totalmente estranha. Talvez eu até ame. Não sei mais quem ela é. No fundo, atrás da raiva, do ódio havia amor, um amor puro e digno de ser eternizado, pena que não soubemos aproveita-lo... Pena que falhamos... – lágrimas encheram meus olhos e eu as limpei antes que escorressem.
-Você ainda sente algo? - disse ele cerrando a boca.
-Sinto... Mas não é como antes, é algo maior que isso e mesmo que não possa tê-la eu fico bem em saber que hoje ela é feliz. 
-Eu te entendo... – Felipe bebeu quase a metade de sua cerveja como se quisesse proteger algum segredo - Eu já amei alguém...
-Todos nós amamos... – passei meus dedos no copo suado - Pelo menos uma vez na vida amamos alguém... E sabe, às vezes é uma vez só para vida toda...
-Comigo foi assim, mas eu sei ser forte, superei... – sua voz foi de tristonha a um tom de frustração - Eu acho... Mas quer saber um dia vou encontrar alguém que valha a pena, que me ame de verdade e que seja a melhor pessoa do mundo...
-Essa pessoa não existe... – falei em um tom mais alto e surpreso.
-Existe sim... – disse ele convicto - Quando se ama alguém, os defeitos passam a serem qualidades ou simplesmente insignificantes.
-Por esse lado eu concordo, acho que quando se ama alguém, tudo e todos não fazem importância e apenas a pessoa com quem você quer passar o resto de suas vida... – olhei o relógio 01 hora e 05 minutos da manhã.
-Quer saber de uma coisa... Vamos beber um pouco mais hoje... Amanhã não temos trabalho mesmo... Enfim... Depois ligue para ela, talvez ela ainda te ame também... Você é importante – ele mostrava traços de alteração por causa da bebida – Eu gosto de você... É o melhor amigo que poderia ter em toda minha vida... Obrigado por tudo cara...
-Eu que agradeço, agora modere na bebida... Vamos para casa.
-A solidão me machuca...
- A solidão não é difícil, não é dolorosa, muito menos machuca. O que machuca é estar no meio das pessoas, e se sentir só. É se afastar pra saber se alguém se importa e descobrir que ninguém sentiu sua falta...
Chamei um táxi que o deixou em casa e depois eu fui para a minha, lá encontrei Sophia que me esperava na porta com os braços cruzados, um calafrio passou por meu corpo. Ela ergueu os olhos e ao me ver correu e me abraçou bem forte.
-Como assim Sophia? O que está fazendo?
-Tentando ser feliz de novo...
-Como assim? Você terminou comigo, disse que nunca daríamos certo.
-Não demos por que eu não quis, mas eu sei que te amo de verdade e te quero de volta – uma onda de medo e ansiedade passou por mim.
-Acho que não vamos dar certo – ela cobriu o rosto com o braço, deu as costas e saiu andando – Ei – eu gritei e puxei seu braço – Está louca? Eu falei que acho... E eu quero dar certo...
Nos beijamos e logo em seguida começou a chover, mas não nos importamos com isso... E sabe? Naquele dia eu aprendi que o amor é como uma montanha russa, instável e surpreendente... E o meu amor é absolutamente incrível...






- Pois é.



Eu acho que você não entende quando digo que te amo, ou ao mesmo quando digo que é o único que quero para o resto da minha vida... Temos brigado bastante ultimamente e isso tem feito mal a nós dois... Isso dói, incomoda... Eu queria que estivesse aqui para enxugar minhas lágrimas sempre que brigamos, que soubesse que cada uma delas demonstra o quanto é importante... E que eu não vejo fundamento para tudo isso que estamos passamos, estamos magoando um ao outro... Eu te amo e hoje é só isso que eu queria que soubesse...